A pessoa engoliu o mundo, pensando que o comeria sozinha. Mas desde a saliva até o estômago e depois pelo intestino, as enzimas, as bactérias e outros seres do organismo foram digerindo, absorvendo, enfim, repartindo o alimento dentro da pessoa.
Até o mundo provou de si próprio, involuindo como se partisse pra outra dimensão. Aliás! O que se comeu dele foram apenas seus restos que ele deixou para trás, e o seu mistério. Safado...
Mas comeu-se dele. Comeu do mundo o que fosse dele, quem fosse do mundo, tudo o que fosse um — sabendo ou não — a pessoa também era mundo.
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