domingo, 28 de julho de 2013

A AUTO-CENSURA DA CRIATIVIDADE

A auto-censura na Comunicação Social acontece desde a faculdade (ou antes), quando nem nos encontramos dentro do mercado de trabalho, mas nos construímos reféns dele.

E não falo nem da grade universitária obrigatória, o conhecimento técnico preparatório para a atuação nos empregos.

É que na universidade, lugar que poderia ser um espaço de experimentação - e quando ela mesma não nos toma o tempo livre com trabalhos e IRA (índice de rendimento acadêmico) - adaptamos nosso pensamento, nossa criatividade e nossa arte para ostentar a cultura de plástico que tanto aprendemos a criticar sem combater.

Como nós, da classe média (sou pobre, mas digo 'nós' pelo espaço de convívio), não podemos nos equiparar à mentalidade "alienada, sem criticidade e facilmente dominada da massa", acreditamos possuir o dom da escolha absolutamente lúcida.

Vivemos cada qual com as nossas próprias preferências e livre-arbítrios e estes não devem ser abalados para o eterno gozo de nossos egos: gosto, criatividade e entretenimento pautados segundo a mentalidade de shopping, de tecno sem logia, de universo sem incomodidade.

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